- Por volta de 1956, pouco antes do início, e até durante a construção da barragem, houve muita resistência de setores do sul de Minas Gerais ao projeto de construção da Usina de Furnas.
- Enquanto o governo dizia que levaria o “progresso ao sertão de Minas Gerais” os fazendeiros se preocupavam com a desapropriação de suas terras e a população urbana com a inundação de partes e até de cidades inteiras.
- Entre as sugestões propostas por quem era contrário ao projeto, uma foi a diminuição da altura da barragem para 65 metros, para diminuir a área inundada. No projeto final a barragem ficou com 127 metros de altura.
- Mas a mais inusitada foi a sugestão da substituição da usina hidrelétrica por uma usina nuclear, que segundo os autores da ideia, poderia ser construída na mesma região, trazendo o “tal progresso” para o lugar.
- Em 1962, com as obras em andamento, o governo ainda justificava a escolha pela hidreletricidade comparando o custo do quilowatt produzido por Furnas, 50 mil cruzeiros, com o custo considerado numa licitação internacional para construção de uma usina nuclear na Índia, o equivalente a mais de 240 mil cruzeiros por kw.
