Com 65,72% de seu volume útil, a Represa de Furnas em 13/06/2025 alcançou a cota 763,49 metros em relação ao nível médio do mar, registrando um acréscimo de 1 cm em 24 horas. O aumento foi consequência do volume de água que entrou na represa na última sexta-feira, 442,99 m³/s, ter sido maior que os 307,00 m³/s que saíram, conforme a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Num período de 30 dias o volume útil da Represa de Furnas teve uma variação negativa de 2,80%, considerando as variações do volume para este mesmo período desde 1990, este ano temos uma situação pior, uma vez que o histórico deste período é apresentar estabilização com variação de 0,00% em média.
Geração da Usina de Furnas
No dia 12/06/2025 a Usina Hidrelétrica de Furnas gerou um total de 8.866,80 MWh durante todo o dia, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), correspondendo a uma média horária de potência gerada de 369,45 megawatts ao longo do dia.
Segunda metade de maio de 2025
A Represa de Furnas teve no período de 16/05 a 31/05/2025 um volume médio de 67,50%, inferior aos 74,65% registrados no mesmo período do ano passado. A quantidade de água que entrou na represa no período de 16/05 a 31/05 foi maior que o registrado na mesma época no ano passado. Este ano a represa teve uma vazão média de entrada de 334,88 m³/s, enquanto no ano passado a média ficou em 318,25 m³/s. A defluência também está com um volume maior que o do ano passado, quando comparamos os períodos. No ano passado, no período, a defluência média ficou em 336,19 m³/s e neste ano a média foi de 564,38 m³/s.
Represas mais visualizadas na semana
Represa de Furnas hoje
Medição mais recente realizada na barragem da represa
Que o pouso de um avião no aeroporto da Usina de Três Marias permitiu a descoberta de uma quadrilha internacional?
No início de fevereiro de 1966 o chefe da recepção da Usina de Três Marias, Paulo Lamounier de Carvalho, estranhou o fato de um avião sobrevoar e pousar no aeroporto da usina, uma vez que não era esperada nenhuma aeronave naquele dia.
Viu que se tratava de um avião dos Estados Unidos, tripulado por norte-americanos, que auxiliados por dois brasileiros, um deles um cabo da FAB, retiravam várias caixas do avião e as colocavam numa caminhonete que seguiu para Belo Horizonte.
A polícia informada do fato iniciou uma investigação que conclui se tratar de uma grande organização criminosa formada por norte-americanos que utilizando aviões levavam minérios radioativos do Brasil para os Estados Unidos e de lá voltavam carregados de cigarros, eletrodomésticos e rádios de pilha, que entravam irregularmente no Brasil.
Em pouco de mais de um mês a polícia já havia efetuado mais de 40 prisões, e descoberto o envolvimento de militares brasileiros e de funcionários de órgãos que deveriam fiscalizar a extração de minérios.
A quadrilha atuava em vários estados do Brasil e possuía, segundo os jornais da época, até acesso ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil.
Em Brasília foi apreendido um avião militar B-26, que foi modificado e em seu interior instalado um laboratório de análise minérios de columbita e tantalita. O avião era forrado com chumbo para evitar a contaminação dos ocupantes pela radioatividade.
Na cidade mineira de Três Pontas foi apreendido um outro avião e presas quatro pessoas enquanto descarregavam caixas com cigarros. Um destes presos era considerado o líder da quadrilha no estado de Minas.
Além das duas aeronaves, também foram apreendidos carros de luxo pertencentes à quadrilha.
Dos presos, cinco americanos três foram condenados a três anos de prisão e outros dois a sete anos. Os três primeiros, presos no Quartel do Corpo de Bombeiros de Brasília, de lá fugiram para os EUA em outubro de 1966. À época houve denúncias de facilitações por parte de autoridades, uma vez que os presos eram por vezes autorizados a fazer refeições junto com os oficiais e também lhes era permitido até "saídas noturnas" para diversão.
Durante uma destas saídas aproveitaram para escapar para sua terra natal, embarcando em um avião num aeroporto particular no estado de Goiás. Nos Estados Unidos concederam entrevistas e eram considerados "cidadãos pacatos".
Autoridades brasileiras diziam "ter esperança" deles serem condenados nos Estados Unidos. Quanto a acusação de facilitação da fuga, nada ficou provado e os responsáveis pelo quartel foram absolvidos.
Foto: Barragem da Usina de Três Marias. Fonte: Cemig