Sem alteração no seu nível no dia 23/04/2025, a Represa de Furnas manteve 69,20% do seu volume útil com o seu nível marcando 764,00 metros acima do nível médio do mar. Esta informação divulgada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) também dá conta que a Represa de Furnas na última quarta-feira recebeu 435,00 m³ de água por segundo enquanto 435,00 m³/s saíam do reservatório.
A Represa de Furnas apresenta um aumento de 1,70% no seu volume útil em relação à situação de 30 dias atrás. Mais recentemente nos últimos 7 dias ocorreu um acréscimo de 0,81% no volume.
Geração da Usina de Furnas
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na última quarta-feira, 23/04/2025, a Usina Hidrelétrica de Furnas gerou o equivalente a 356,20 megawatts médios (Mwmed). Este número representa o valor médio gerado a cada hora do dia, totalizando 8.548,80 MWh nas 24 horas.
Primeira metade de abril de 2025
Entre os dias 01/04 e 15/04/2025 o volume médio da Represa de Furnas ficou em 68,38%, este valor é mais baixo que aquele registrado neste mesmo período do ano passado, quando ficou em 76,57%. A quantidade de água que entrou na represa entre os dias 01/04 e 15/04 foi menor que o registrado na mesma época no ano passado. Este ano a represa teve uma vazão média de entrada de 644,60 m³/s, enquanto no ano passado a média ficou em 764,53 m³/s. Não é só a afluência que está menor na comparação dos períodos, também a defluência mostrou uma média menor entre os dias 01/04 e 15/04. 626,47 m³/s de água em média saíram da represa no período este ano e no ano passado a média era de 764,53 m³/s.
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Que o pouso de um avião no aeroporto da Usina de Três Marias permitiu a descoberta de uma quadrilha internacional?
No início de fevereiro de 1966 o chefe da recepção da Usina de Três Marias, Paulo Lamounier de Carvalho, estranhou o fato de um avião sobrevoar e pousar no aeroporto da usina, uma vez que não era esperada nenhuma aeronave naquele dia.
Viu que se tratava de um avião dos Estados Unidos, tripulado por norte-americanos, que auxiliados por dois brasileiros, um deles um cabo da FAB, retiravam várias caixas do avião e as colocavam numa caminhonete que seguiu para Belo Horizonte.
A polícia informada do fato iniciou uma investigação que conclui se tratar de uma grande organização criminosa formada por norte-americanos que utilizando aviões levavam minérios radioativos do Brasil para os Estados Unidos e de lá voltavam carregados de cigarros, eletrodomésticos e rádios de pilha, que entravam irregularmente no Brasil.
Em pouco de mais de um mês a polícia já havia efetuado mais de 40 prisões, e descoberto o envolvimento de militares brasileiros e de funcionários de órgãos que deveriam fiscalizar a extração de minérios.
A quadrilha atuava em vários estados do Brasil e possuía, segundo os jornais da época, até acesso ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil.
Em Brasília foi apreendido um avião militar B-26, que foi modificado e em seu interior instalado um laboratório de análise minérios de columbita e tantalita. O avião era forrado com chumbo para evitar a contaminação dos ocupantes pela radioatividade.
Na cidade mineira de Três Pontas foi apreendido um outro avião e presas quatro pessoas enquanto descarregavam caixas com cigarros. Um destes presos era considerado o líder da quadrilha no estado de Minas.
Além das duas aeronaves, também foram apreendidos carros de luxo pertencentes à quadrilha.
Dos presos, cinco americanos três foram condenados a três anos de prisão e outros dois a sete anos. Os três primeiros, presos no Quartel do Corpo de Bombeiros de Brasília, de lá fugiram para os EUA em outubro de 1966. À época houve denúncias de facilitações por parte de autoridades, uma vez que os presos eram por vezes autorizados a fazer refeições junto com os oficiais e também lhes era permitido até "saídas noturnas" para diversão.
Durante uma destas saídas aproveitaram para escapar para sua terra natal, embarcando em um avião num aeroporto particular no estado de Goiás. Nos Estados Unidos concederam entrevistas e eram considerados "cidadãos pacatos".
Autoridades brasileiras diziam "ter esperança" deles serem condenados nos Estados Unidos. Quanto a acusação de facilitação da fuga, nada ficou provado e os responsáveis pelo quartel foram absolvidos.
Foto: Barragem da Usina de Três Marias. Fonte: Cemig