Segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em 22/05/2025 o nível da Represa de Furnas desceu 1 cm em consequência do volume de água que saiu da represa, 666,00 m³/s, ter sido superior aos 530,01 m³/s da afluência. Com esta diminuição o nível chegou à marca de 763,77 metros em relação ao nível médio do mar correspondendo a 67,64% do volume útil do reservatório.
A Represa de Furnas teve diminuição no seu nível com variação para menos de 12 cm num período de 7 dias. Esta variação corresponde a um decréscimo de 0,81% do volume útil da represa.
Geração da Usina de Furnas
A Usina Hidrelétrica de Furnas em 22/05/2025 gerou uma média de 542,40 megawatts por hora ao longo do dia. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na última quinta-feira foi gerado um total de 13.017,60 MWh pela usina.
Primeira metade de maio de 2025
A Represa de Furnas no período no intervalo de 01/05 a 15/05/2025, com um volume médio de 69,14%, está numa situação pior que aquela do ano passado nesta mesma época, quando o volume médio ficou em 75,73%. Comparando o volume de água que entrou na represa este ano e no ano passado, temos um cenário positivo. No intervalo de 01/05 a 15/05 a represa teve um volume médio de 406,03 m³/s de água entrando na represa, valor mais alto que os 309,44 m³/s que entraram no mesmo período do ano passado. A comparação da defluência também mostra que no período mais recente a represa perdeu um volume maior de água que no mesmo período do ano passado. A média da vazão de água saindo da represa neste período foi de 553,60 m³/s e no ano passado, na mesma época, era 481,67 m³/s.
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Medição mais recente realizada na barragem da represa
Que o pouso de um avião no aeroporto da Usina de Três Marias permitiu a descoberta de uma quadrilha internacional?
No início de fevereiro de 1966 o chefe da recepção da Usina de Três Marias, Paulo Lamounier de Carvalho, estranhou o fato de um avião sobrevoar e pousar no aeroporto da usina, uma vez que não era esperada nenhuma aeronave naquele dia.
Viu que se tratava de um avião dos Estados Unidos, tripulado por norte-americanos, que auxiliados por dois brasileiros, um deles um cabo da FAB, retiravam várias caixas do avião e as colocavam numa caminhonete que seguiu para Belo Horizonte.
A polícia informada do fato iniciou uma investigação que conclui se tratar de uma grande organização criminosa formada por norte-americanos que utilizando aviões levavam minérios radioativos do Brasil para os Estados Unidos e de lá voltavam carregados de cigarros, eletrodomésticos e rádios de pilha, que entravam irregularmente no Brasil.
Em pouco de mais de um mês a polícia já havia efetuado mais de 40 prisões, e descoberto o envolvimento de militares brasileiros e de funcionários de órgãos que deveriam fiscalizar a extração de minérios.
A quadrilha atuava em vários estados do Brasil e possuía, segundo os jornais da época, até acesso ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil.
Em Brasília foi apreendido um avião militar B-26, que foi modificado e em seu interior instalado um laboratório de análise minérios de columbita e tantalita. O avião era forrado com chumbo para evitar a contaminação dos ocupantes pela radioatividade.
Na cidade mineira de Três Pontas foi apreendido um outro avião e presas quatro pessoas enquanto descarregavam caixas com cigarros. Um destes presos era considerado o líder da quadrilha no estado de Minas.
Além das duas aeronaves, também foram apreendidos carros de luxo pertencentes à quadrilha.
Dos presos, cinco americanos três foram condenados a três anos de prisão e outros dois a sete anos. Os três primeiros, presos no Quartel do Corpo de Bombeiros de Brasília, de lá fugiram para os EUA em outubro de 1966. À época houve denúncias de facilitações por parte de autoridades, uma vez que os presos eram por vezes autorizados a fazer refeições junto com os oficiais e também lhes era permitido até "saídas noturnas" para diversão.
Durante uma destas saídas aproveitaram para escapar para sua terra natal, embarcando em um avião num aeroporto particular no estado de Goiás. Nos Estados Unidos concederam entrevistas e eram considerados "cidadãos pacatos".
Autoridades brasileiras diziam "ter esperança" deles serem condenados nos Estados Unidos. Quanto a acusação de facilitação da fuga, nada ficou provado e os responsáveis pelo quartel foram absolvidos.
Foto: Barragem da Usina de Três Marias. Fonte: Cemig